Por Lucas Tadeu – Estagiário, estudante do 6º semestre do curso de Jornalismo
Aconteceu no dia 28/11/23, no auditório do Campus Barcelona, o primeiro Júri Simulado preparado pelos estudantes da UniMais em parceria com o curso de Direito da USCS. Participaram da simulação os professores de Direito, Carlos Gianfardoni, Estela Bonjardim e Audrei Ferrante. A gestora do curso, Profa. Cinira Melo, também acompanhou todo o evento.
O júri foi idealizado pela professora Audrei Ferrante, que também atua lecionando na UniMais. Os alunos da turma T15 simularam um famoso caso ocorrido na década de 1970, o caso Ângela Diniz.
O caso remonta a 1976, quando a socialite foi assassinada em uma casa de praia em Búzios, no Rio de Janeiro. O réu, Doca Street, alegou legítima defesa argumentando ter um relacionamento instável e violento com a vítima e agiu para proteger sua própria vida.
O júri simulado iniciou as apresentações das partes envolvidas. A acusação, composta pelos alunos da UniMais, contou o histórico de violência no relacionamento, enfatizando episódios anteriores de abuso. Eles argumentaram que a tese da legítima defesa era frágil e que Doca Street agiu de forma premeditada contra a namorada.
A defesa, por sua vez, tentou retratar Ângela Diniz como uma mulher imprevisível e instável, usando depoimentos de testemunhas para construir a narrativa de que Doca estava agindo em autodefesa. A advogada de defesa apontou para o histórico de relacionamento conturbado, tentando justificar as ações do réu.
Durante o interrogatório das testemunhas emergiram detalhes chocantes, proporcionando ao júri simulado uma visão ampla dos eventos que levaram à fatídica noite em Búzios. A atmosfera no tribunal simulado reproduzia a tensão que cercava o caso real.
Os alunos que desempenharam o papel de jurados ouviram atentamente os argumentos apresentados, avaliando a credibilidade das testemunhas e a consistência das narrativas. O júri buscou replicar os procedimentos de um julgamento real, com as objeções das partes, apresentação das evidências e dos depoimentos persuasivos.
Ao final, o veredicto foi anunciado. A experiência proporcionou aos participantes uma compreensão mais profunda do sistema judicial e da complexidade das decisões judiciais. Também reacendeu o interesse público no caso Ângela Diniz. O simulado serviu como um lembrete do poder do sistema judicial em moldar narrativas e influenciar a percepção pública.
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