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Projeto Internacional “Fortalecimento de Capacidades para a Resiliência Local” completa 3 meses

Por Samuel Gomes Carvalho, da Guatemala

USCS participa com representantes na Colômbia e na Guatemala, enquanto recebe representantes destes dois países

Teve início, em agosto de 2023, o projeto “Fortalecimento de Capacidades para a Resiliência Local”, financiado pela Agência Norueguesa para a Cooperação de Intercâmbio (NOREC).

A USCS é a representante brasileira nesta parceria de cooperação internacional de intercâmbio profissional para a transferência de conhecimentos e habilidades, juntamente com a UNIMETRO (Universidade Metropolitana de Barranquilla) na Colômbia, e a FLACSO-Guatemala, que também enviaram docentes-pesquisadores atualmente alocados na USCS.

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As temáticas do projeto estão relacionadas com as agendas globais pelo desenvolvimento sustentável, como o Acordo de Paris, Marco de Sendai e os ODS, e o objetivo é que os participantes atuem entre docência, pesquisa e extensão, em projetos que promovam a prevenção de riscos de desastres decorrentes das mudanças climáticas e também sustentabilidade e cuidados com o meio ambiente.

Neste trimestre inicial do projeto, os participantes dedicaram-se às atividades voltadas para  o diagnóstico das instituições e investigação a respeito do cenário local dos países de acolhida, em seus variados aspectos, além de revisão bibliográfica e estruturação das próximas etapas de pesquisa e ações de extensão social.

Abaixo, veja parte das atividades realizadas pelos docentes-investigadores enviados pela USCS em suas universidades anfitriãs.

Karen Kristien Silva dos Santos é gestora cultural, mestra em Cultura e Territorialidades e atua no campo da cultura e educação. Está na Universidade Metropolitana em Barranquilla.

“A integração das temáticas culturais e sociais nas discussões de sustentabilidade e resiliência não apenas enriquece nossa compreensão a respeito das questões globais, mas também fortalece as bases para a construção de sociedades mais equitativas, diversas e sustentáveis, onde a pluralidade de perspectivas e experiências desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de soluções significativas. Esta experiência aqui na Colômbia tem me proporcionado a oportunidade diária de experimentar essas possibilidades de diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento a partir de uma aplicação prática”, conta Karen.

Samuel Gomes Carvalho é publicitário, pós-graduado em Administração, mestre em Comunicação e licenciado em Artes Visuais. Atua no setor de educação e comunicação.

“Estar imerso numa nova cultura tem sido extremamente enriquecedor. Viver não só o ambiente acadêmico, mas estar ligado aos fatores macro e microambientais que envolvem a Guatemala, este país tão diferente geograficamente, com muitos vulcões, diversas línguas e linguagens, é um aprendizado constante. Ainda que culturalmente tão diverso, muitas questões e problemáticas se assemelham às nossas, e com isso espero poder colaborar na reflexão e criação de estratégias adaptadas à realidade local, a fim de resolver situações-problemas relacionadas aos temas do projeto”, explica Samuel.

 

Ambos participantes publicaram sobre o início da experiência do projeto na XXVII CARTA de conjuntura. Nesta edição da carta, também há um artigo publicado pelo participante guatemalteco e seu coordenador brasileiro.

Além disso, Samuel publicou artigo na 10ª edição da Revista Escenarios Sociales, periódico da divisão de Humanidades e Ciências Sociais, carreira de Trabalho Social, pelo Centro Universitário do Ocidente (CUNOC), da Universidad de San Carlos de Guatemala.

No Brasil, o psicólogo colombiano Aquiles Santodomingo Varela, e o cientista político e professor universitário guatemalteco Brandon Leopoldo Avila Montúfar, seguem realizando atividades entre professores, estudantes e grupos de estudos na USCS:

“Esses três meses de desenvolvimento do projeto foram um período muito importante para a adaptação sociocultural. A princípio parece que todos na América Latina são muito parecidos, porém, a imersão total revela que temos diferenças consideráveis, mas acima de tudo nos enriquecem para nos projetarmos como uma região que compartilha história, cultura e outros interesses comuns. A estadia no Brasil coincidiu com o aumento das discussões sobre mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, que foi esquecido por certos contextos políticos, além disso a situação na Amazônia e outros fenômenos naturais extremos destacam a importância do trabalho que estamos fazendo através deste projeto em Resiliência local e comunitária”, explica Brandon.

“Neste evento foi possível lançar um olhar sobre a Resiliência Local a partir da arquitetura, entendendo que a urbanização tem um papel fundamental na transição para cidades que se afastam da segregação e, pelo contrário, estão comprometidas com o desenvolvimento sustentável”, comenta Aquiles.




Jornalista, pós-graduada em Marketing.