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Área de Pesquisa Clínica e Inovação da USCS

Você sabia que a USCS possui uma área de Pesquisa Clínica e Inovação, com equipamentos de última geração e parcerias internacionais, em funcionamento? E que parte de suas pesquisas são abertas à participação de alunos, docentes e outros pesquisadores interessados?

A área de Pesquisa Clínica e Inovação da USCS é formada pelo Centro de Pesquisa Clínica (CPC) e o Núcleo de Inovação em Saúde (NIS).

Em julho de 2020, entrou em funcionamento o Centro de Pesquisa Clínica da USCS, criado inicialmente com o intuito de estar à frente das demandas da pesquisa e no enfrentamento da Covid-19, que contribuiu com o desenvolvimento de vacinas para conter a pandemia, tendo participado da testagem das vacinas Coronavac (Sinovac Biotech/Instituto Butantan), Janssen (empresa farmacêutica da Johnson & Johnson), e Butanvac (vacina 100% brasileira contra o covid-19), além da vacina tetravalente contra a gripe (Instituto Butantan). Hoje, o CPC USCS desenvolve outros importantes estudos. O Centro de Pesquisa Clínica atende aos processos regulatórios exigidos para a realização de pesquisa clínica em âmbitos nacional e internacional. Clique aqui para saber mais sobre a atuação do CPC.

Além do Centro de Pesquisa Clínica, foi criado, em 2021, o Núcleo de Inovação em Saúde (NIS) da USCS, com o intuito de realizar pesquisas básicas (por exemplo, sobre doenças que acometem a população) e translacionais (que desenvolvem estudos que possam contribuir para solucionar problemas científicos, por exemplo, testes diagnósticos que auxiliem no combate à transmissão e desenvolvimento de doenças).

Conversamos com a gestora dos laboratórios de pesquisa da USCS, profª. Sheila Garcia Mateos para saber mais sobre a atuação do Núcleo de Inovação em Saúde da USCS:

USCS: Como foi criado o NIS?
Sheila: O Núcleo de Inovação em Saúde (NIS) da USCS foi estabelecido na época da pandemia, de forma que a gente pudesse dar uma resposta rápida para conter a transmissão do vírus. Com isso, percebemos que podemos não apenas focar em um único tipo de pesquisa, mas sim na tríade ensino, pesquisa e extensão. Com isso, os alunos da USCS, além de terem a oportunidade de atuar na prática com pesquisa científica, ainda conseguem fazer um trabalho assistencial e desenvolvem a capacidade para atuar na indústria, de forma que beneficie não apenas o aluno, mas toda a comunidade. A Universidade tem investido bastante em pesquisa justamente com esse objetivo, de envolver alunos, docentes, pesquisadores, tanto da própria USCS, quanto de outras. A nossa ideia é contemplar a população de São Caetano com o que a gente faz dentro da Universidade, expandindo também a nível nacional e internacional com os equipamentos de última tecnologia que a USCS possui.

E quais são os projetos nos quais o Núcleo vem trabalhando?
Sheila: O NIS tem vários projetos em andamento, os principais são:
1. Um projeto que desenvolvemos junto com uma instituição internacional, a Wellcome Trust, que tem como principal objetivo o uso racional de antibióticos2. Temos também um projeto para estudar a realção do de vírus HTLV-1, com doenças hematológicas em parceria com o Reino Unido, no qual buscamos entender o perfil metabólico do vírus e como medicamentos específicos podem minimizar os efeitos do vírus HTLV-1;
3. Em parceria com a Universidade de Cornell, a USCS vem trabalhando em um estudo em pacientes portadores de HIV e linfoma. O objetivo é entender melhor esse mecanismo de como as células se comportam, no desenvolvimento de linfomas em pacientes com HIV;
4. E temos também um estudo com integração de dados. A ideia é a detectar e monitorar em tempo real os agravos de importância em saúde pública por meio da integração das bases e análise dos bancos de dados da Saúde
na cidade de São Caetano do Sul, na atenção primária, fazer uma integração de sistemas e o nosso objetivo principal com esse projeto é tentar prever novas epidemias apenas com a análise de nuvem de palavras geradas a partir dos dados dos prontuário dos atendimentos da atenção primária, isso em parceria com a Prefeitura de São Caetano.

E quais os equipamentos e tecnologias o laboratório utiliza para suas pesquisas?
Sheila: Acabamos de inaugurar o laboratório de ciências ômicas, composto de um sistema que nos permite fazer metabolômica, proteômica e lipidômica. Esse equipamento, com essas configurações foi o 1º da américa latina a ser instalado que é um equipamento que tem uma fonte desi, uma fonte específica para análise de tecidos sem o pré-processamento da amostra. Além do laboratório de metabolômica, a USCS está finalizando também a obra do laboratório de biologia molecular e o que nós temos de inovador nesse laboratório é um PCR digital. Tanto o equipamento de metabolômica e proteômica, quanto o PCR digital foram adquiridos com uma verba da Finep e do Ministério da Ciência e Tecnologia com base em projetos submetidos pela USCS e aprovados, por meio dos quais a universidade recebeu quase R$ 10 milhões para aquisição desses equipamentos e estruturação do INOVA USCS. Além disso, a USCS investiu muito nas obras e estrutura para receber tanto esses equipamentos, quanto os alunos (tanto da USCS quanto de instituições parceiras) para investir na capacitação, já que a metabolômica é uma tecnologia inovadora.

Como o NIS está apoiando esses projetos com recursos e tecnologias?
Sheila: A USCS tem uma característica muito interessante que é a capacidade de parcerias e cooperações com instituições tanto da região, quanto ineternacional. Por exemplo, nós temos uma parceria muito forte com a prefeitura de São Caetano do Sul, que nos permite ter acesso a toda a rede de saúde da cidade, pois os alunos da universidade já estão em campo nos equipamentos de saúde da prefeitura, e a capacidade também das parcerias internacionais. Isso, do ponto de vista tanto financeiro, quanto cientifico, é muito importante, porque nós recebemos verba, baseados nos projetos que nós submetemos, com as aprovações, então nós recebemos verbas para execução dos projetos, e por serem projetos com parcerias internacionais, conseguimos um alcance melhor para que toda a comunidade cientifica tenha acesso ao que a gente está fazendo na universidade.

E qual o envolvimento de alunos e comunidade científica nesses projetos?
Sheila: Os estudos do NIS envolvem alunos, docentes e pesquisadores que queiram participar, tanto da USCS quanto de fora. A USCS tem uma visão diferenciada de pesquisa, na qual a ideia é de laboratórios multiusuários, então pretendemos, além dessas parcerias, deixar a disposição também a estrutura da USCS para que pesquisadores que não tenham acesso a tecnologia de ponta possam ter acesso e utilizar, assim como nosso biobanco. A USCS já possui um biobanco aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, para formação de uma biblioteca de amostras, então a nossa ideia é deixar a disposição tanto de outros pesquisadores, quanto da indústria, para que possam validar algum procedimento ou método diagnóstico, possam utilizar essa estrutura que a USCS tem, sempre seguindo rigorosos padrões de qualidade é éticos.

Quais os planos futuros para o NIS?
Sheila: A nossa ideia principal, principalmente com o laboratório de metabolômica e proteômica, é capacitar os alunos da USCS, de forma que eles possam sair da universidade já inseridos no mercado de trabalho. Por ser uma tecnologia em expansão, apesar de ser muito nova, é uma tecnologia muito promissora. Então a ideia é dedicarmos nossos esforços na capacitação da nossa equipe e dos nossos alunos, para que eles saiam da universidade já com uma possibilidade de estarem bem encaminhados nessa área, não somente de pesquisa, mas também para a indústria farmacêutica, de diagnóstico, de alimentos, química, entre outras.

Essas tecnologias podem envolver outras áreas, além da saúde?
Sheila: Sim, pretendemos, inclusive focar também em outras áreas. Hoje os nossos principais projetos são na área da saúde e medicina diagnóstica, mas a ideia é ampliar a nossa área de pesquisa, tanto para ambiental, quanto para a área de direito, como para agronomia, pois essa tecnologia de metabolômica nos permite atingir diversas áreas que não são somente as áreas da saúde, então buscaremos, de alguma forma, trazer todos os cursos que a USCS tem, tanto graduação, quanto pós-graduação e a trabalharmos em conjunto com esses outros cursos. Por exemplo, a engenharia, a arquitetura, o curso de direito, o nosso equipamento permite fazer inclusive análises criminais. A ideia é envolver todas as áreas e nos dedicar à capacitação desses alunos, não só na área da saúde, mas em áreas diferenciadas, de forma que possa beneficiar a nossa comunidade, o nosso país e também que eles sejam reconhecidos internacionalmente, afinal é uma tecnologia inovadora e promissora.

O que a comunidade (estudantes, docentes, pesquisadores e população) podem esperar do NIS?
Sheila: A USCS tem investido muito na área de pesquisa e o mais importante é que ela não pretende deixar esse laboratório apenas dentro da Universidade. A ideia é deixar toda a estrutura e todo o investimento que a universidade tem feito abertos para a comunidade e para outros pesquisadores, então nós estamos de portas abertas, tanto os nossos laboratórios, quanto a nossa equipe, os nossos docentes e a nossa universidade pra que vocês possam não somente conhecer, mas se quiserem também fazer parte tanto do nosso grupo de pesquisa, quanto da nossa estrutura, porque a ideia da USCS é cada vez mais melhorar o nível de pesquisa no nosso país e oferecer oportunidades para todos que tenham interesse e queiram se desenvolver nessa área.