No dia 16/4, os alunos do “curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS” visitaram a EMEI Cleide Rosa Auricchio, conhecida como “Escola Parque”, em São Caetano do Sul. A visita foi acompanhada pela arquiteta responsável pelo projeto da escola, Carolina Penna, e pela diretora da escola, Aline Monge.
Carolina, explica que foi necessário “orquestrar” uma equipe com diversos profissionais, e todos colaboraram com ideias e soluções. Profissionais especializados em paisagismo, compreenderam o projeto e sua proposta. Eles incorporaram elementos visuais de cada sala, optaram por nomenclaturas universais, substituindo os números por cores e estações, como verde sendo primavera, rosa e outono, para tornar o ambiente mais envolvente e estimulante para as crianças. Os grafismos orgânicos presentes nas salas foram inspirados na natureza, proporcionando uma experiência mais conectada com o meio ambiente e despertando a curiosidade das crianças, que podem identificar formas como minhocas, plantas, rios.
Já Aline, a diretora explica que a tonalidade fria e crua das cores também assegura o direito à aprendizagem. Ela menciona experiências com outras escolas muito semelhantes a buffets, onde tudo é muito colorido e extravagante, quase em excesso. “Há um equívoco comum de que a alegria requer muitas cores, mas na realidade a escola está comprometida com a proposta atual da educação infantil, onde as paredes são reservadas para as produções das crianças”. As cores que vemos na escola são escolhidas pelas crianças, o que favorece sua expressão e valoriza a expressão artística. Aline conclui dizendo que, se fosse uma escola colorida, esse aspecto se perderia, e reitera que a escola está mais uma vez a serviço da garantia dos direitos da cidadania.
A professora de projetos Daniela Flores, diz ter se sentido muito abraçada e acolhida pela arquiteta e pela diretora, afirmando que essa experiência foi muito importante para os alunos.
Daniela Flores (professora de projetos), à esquerda; Aline Monge (diretora); Carolina Penna (arquiteta), à direita.
Luigi Carcillo, estudante de Arquitetura e Urbanismo, relata a experiência que teve ao entrar na escola: “Eu tive um sentimento de pertencimento, quase como um abraço, tanto pela materialidade quanto pela arquitetura do local. É um espaço de proporção criativa e aberta, e nunca tive esse sentimento em outros ambientes escolares”.
Luigi, (usando óculos), à direita.
